Pensamentos soltos sobre home office e maternidade
Olá querido diário, ou melhor, olá querido blog.
Nesse ano (2024) eu deixei você de lado e não foi porque não tinha tema ou conteúdo para trazer pra cá. Pelo contrário, já aconteceu tanta coisa nesse ano (estamos em outubro), mas eu não tinha tempo (na verdade ainda não tenho) de qualidade para me dedicar a esse espaço. E esse espaço é muito importante pra mim, porque além de ser uma forma de me expressar é uma forma de treinar a minha escrita jornalística, é uma forma de contar histórias sobre coisas e pessoas. Mas cá estou eu, depois de longos meses sem postar nada, vindo aqui preencher uma página em branco com a minha história.
Não sei se o texto vai ter um sentido lógico, mas eu precisava só vir aqui e depositar algumas ideias, sentimentos e pensamentos que estão passando na minha cabeça. E o pensamento da vez é "Como eu dou conta de trabalhar home office e cuidar do meu filho". A verdade é que eu não dou conta e, sinceramente, não sei se quero dar conta.
Algumas amigas ficam admiradas por eu ter ficado 1 ano e seis meses com o Joaquim trabalhando home office e cuidando dele. Tenho amigas que também trabalharam home office e ficaram o primeiro ano do bebê com ele em casa e tenho uma amiga que ainda não têm coragem de ficar sozinha em casa com o seu bebê. Olhando (de fora) a realidade delas e trazendo pra minha realidade, uma coisa que me dei conta foi que se eu transpareço ser "algo fácil" e possível, é porque eu trabalhei esse momento na minha mente.
Foi fácil? Com certeza não. Durante a licença maternidade me questionei várias vezes se daria conta. E como ficar sem trabalhar não era uma opção (os boletos não param de chegar) eu falei para mim mesma que faria dar certo. E como não tenho rede de apoio em Ouro Preto eu só tinha duas opções: 1. dar certo ou 2. dar certo.
Foi fácil? Com certeza não. Durante a licença maternidade me questionei várias vezes se daria conta. E como ficar sem trabalhar não era uma opção (os boletos não param de chegar) eu falei para mim mesma que faria dar certo. E como não tenho rede de apoio em Ouro Preto eu só tinha duas opções: 1. dar certo ou 2. dar certo.
Nesse meu curto tempo de maternidade (Joaquim só tem dois anos e dois meses) uma coisa que aprendi foi transformar todas as atividades com o Joaquim em uma brincadeira. Na maioria das vezes que ele está em casa, quando estou trabalhando, ele quer ficar no colo, então eu busco formas de entreter ele no meu colo enquanto trabalho. É claro que algumas atividades eu não consigo fazer com ele no colo ou acordado e deixo para executá-las quando ele está dormindo. E outras vai com ele no colo mesmo, principalmente participar de reuniões, que ele adora ver as pessoas e se ver na câmera.
Eu sei que pode parecer tudo lindo lendo esse relato, mas ao mesmo tempo que eu consegui resolver como ia lidar com o home office e a maternidade, outros "pratinhos" tiveram que ser deixados de lado, por exemplo, ter uma casa arrumada e 100% limpa durante a semana. Essa é a realidade do lado de cá. E eu também já aceitei que só vou arrumar e faxinar a casa no fim de semana e que está tudo bem. Durante a semana rola o básico, do básico.
Querido diário virtual, hoje é dia 31 de outubro e vim terminar esse texto (ou não). Nesse mês, tive que fazer uma viagem de última hora para São Paulo e foi a melhor coisa que aconteceu. Consegui dar uma leve (bem leve) descansada, mas só o fato de estar com a minha família já foi o suficiente para voltar com uma energia extra.
Algo que peguei pensando durante essa viagem é que mês que vem (novembro), completa dois anos anos que a minha licença maternidade se encerrou e eu voltei a trabalhar. E outubro é o primeiro mês (depois do retorno) que eu trabalhei demais. Eu tive que forçar o meu corpo e mente para se adaptar a uma rotina pesada, de muitas demandas e que atravessou a minha maternidade. O cansado e a pressão, pra mim, não é um problema grande. Mas, o fato de ter afetado a minha rotina materna, de dedicação com o Joaquim, e cuidado não é algo que tem me alegrado.
E a frase "qual é a vida que eu quero ter?" voltou a martelar na minha cabeça. E já sei que ela vai me acompanhar durante o mês de novembro.
Em muitos momentos é assim que participo de reuniões, com o Joaquim sentado na cadeira de alimentação ou no meu colo.