#GabenaColômbia: O que eu aprendi com os "perrengues"

"A gente só aprende e conhece as coisas vivenciando". Hoje eu começo o post com essa frase que tenho certeza de que muita gente já ouviu por ai. E porque começar com ela? Porque desde que eu sai da casa da minha mãe pra morar em outro estado, venho aprendendo coisas que não se aprende com nossos pais, e depois que vim para a Colômbia passei por coisas que livros, blogs, matérias não nos contam.


Eu sempre digo que quando as coisas estão muito bem é porque tem algo de errado. As vezes isso é até verdade, e nas outras é porque as coisas realmente estão bem. Nesse mês as coisas não foram as mil maravilhas como eu, Christi e Amanda - as outras brasileiras - imaginávamos.



O primeiro susto que tivemos, e que já serviu para nos deixar super pra baixo, foram os problemas com a retirada da cédula de estrangeria. Como cada país possui as suas regras em relação a entrada de estrangeiros em seu território, aqui na Colômbia não é diferente.


Um dos requisitos que a universidade que estou estudando (Universidad Pontifícia Bolivaria Seccional Montería), é essa tal de cédula de estrangeria. Porém ela tem que ser retirada com até 15 dias depois que entramos no país, contando a partir da data de carimbo no passaporte.


Estávamos cientes a cerca disso, e como a universidade que é responsável por nós aqui na Colômbia, eles que se encarregam de nos levar para resolver as questões burocráticas.


Eu e a Christi fomos nos apresentar na Imigração na semana passada, e para nossa surpresa já fazia 17 dias que eu estava na Colômbia (lembram dos 15 dias?). Nem preciso falar que eu entrei em panico neh! A primeira coisa que me veio a cabeça é que eu ia ser deportada.


Como não estávamos sozinhas, a Claudia responsável pela área de Relações Internacionais da universidade estava junto com a gente, disse para eu não me preocupar que ela ia dar jeito. Depois de longos minutos conversando com os funcionários da imigração, eles disseram que íamos ter que pagar uma multa de $200 mil pesos. Na hora eu já pensei: "putz não tenho esse dinheiro". Mas a universidade se responsabilizou pela multa.


No total ficamos mais de 3 horas resolvendo tudo, mas conseguimos tirar a nossa cédula. Já com a Amanda o caso dela foi bem mais complicado. Além de ter passado os 15 dias, ela não tinha estampado o visto no passaporte e só possuía uma cópia do visto eletrônico, que acabou não servindo pra nada. Semana que vem ela vai ter que ir no consulado em Bogotá só para estampa-ló.


Foi chato tudo o que aconteceu? Sim, com certeza. Mas aprendemos que da próxima vez que formos fazer um intercâmbio, a primeira coisa a se fazer chegando no novo país é resolver toda a burocracia. E claro, tentar se informar ao máximo sobre as coisas. 


As dicas que deixo são: 

  • Antes de viajar para outro país, solicite o visto e o passaporte com muita antecedência;
  • Verifique com a universidade que você vai estudar, quais são os processos burocráticos que tem que passar quando chegar ao país;
  • Leve uma cópia de todos os seus documentos: passaporte, visto, seguro internacional, carteira de vacinação internacional e um exame de sangue que diz qual é o seu tipo sanguíneo;
  • Chegando ao país já se apresente a imigração, para não correr o perigo de passar dos dias estipulados. 

O mais importante é manter a calma, porque querendo ou não estamos sozinhos em um território desconhecido e não tem como sair correndo para os braços de nossos pais. No final as coisas sempre dão certo, podem ter certeza. Sem contar que a primeira viagem para fora do país é uma das melhores experiências, porque aprendemos muito o que devemos ou não fazer e assim não cometer os mesmos erros nas próximas.
Beijos, beijos

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