#GabeNaColômbia: O que eu aprendi com o intercâmbio

Eu sei que pode estar um pouco cedo (ainda faltam 2 meses pra voltar), mas nesses três meses que estou na Colômbia sinto que já cresci muito, pensamentos mudaram e algumas prioridades também. Que as pessoas mudam a cada dia isso é fato, mas a partir do momento que você sai da sua zona de conforto e vai viver uma vida totalmente diferente do que você está acostumado, todo o seu corpo e mente te dizem que você sempre esteve preparado para essas mudanças.


Se eu falar que todas essas mudanças que eu estou sofrendo é algo novo, vou estar mentindo. Porque elas já veem acontecendo desde 2012, quando eu sai da casa da minha mãe pra fazer jornalismo em outro estado. Claro que nem todas as mudanças são iguais, cada uma vem com o seu DNA, sua forma e te transformando de um jeito diferente.

Esse ano, com o intercâmbio, eu aprendi que consigo me comunicar em outra língua com outras pessoas, consegui perder um pouco da timidez, experimentei novas comidas, aprendi a "administrar" melhor a minha saudade e andei pela segunda vez de avião e, acho, que perdi o medo.

No aeroporto no dia da viagem
Sobre a universidade, eu percebi o valor que tenho que dar para os meus estudos. Como a UPB - Universidad Pontifícia Bolivariana (aonde estou estudando) é uma universidade particular, muitos alunos não estão nem ai para as aulas, professores, trabalhos e afins. Eu tenho aula com professores bons que também atuam como jornalistas, professores que dão palestras em diversos lugares, que já lançaram livros, entre outros. E que dão o máximo para passar o seu conhecimento aos alunos, sendo que muitos deles não prestam atenção, tem preguiça de pensar, escrever e até de ir as aulas.

Eu sei que isso também faz parte de um cultura, do ensinamento dos pais e tantas outras coisas. Mas, sei lá, a minha mãe sempre me ensinou a dar valor aquilo que eu tenho, principalmente os estudos porque sem ele eu não chegaria aonde estou.

Turma da disciplina de cinema. Estávamos indo para o Festival de Cinema de Cartagena
Aprendi a ser um pouco mais simpática, não que eu não seja, mas é que nem todos os dias estou com o humor nas alturas e distribuindo sorrisos. E aqui, a grande maioria das pessoas, acordam alegres, perguntando como que você está, como que vai a sua vida, contando piada, dando risadas...

Também aprendi a ouvir mais as pessoas. Isso pode soar engraçado, mas nem sempre estamos, realmente, prestando atenção no que o outro está falando. E eu que faço jornalismo isso é um requisito essencial, ouvir o que o outro está dizendo, prestar atenção na sua história, nas suas ideias, o que ela tem a nos dizer.

Quando estamos em um país diferente é inevitável não prestar atenção no que as pessoas estão falando, ainda mais se elas estão falando com você, dando uma palestra ou aula. Eu não vou voltar para o Brasil dominando o espanhol,  mas vou voltar compreendendo melhor a língua, vou saber me comunicar, ler e até a escrever.

Aniversário de um dos filhos da "mãe postiça" da Amanda e da Chris
E por último, aprendi que consigo me divertir com pouco que tenho. Uma sábado a tarde pode se tornar uma tarde de filmes (que é o que tem acontecido muito), uma ida ao Mc Donald's serve para jogar conversa fora e na volta, conhecer um novo restaurante e tirar uma foto para a parede "hall da fama". Um aniversário colombiano já é motivo pra gente cantar um "parabéns pra você, nessa data querida..", na nossa língua e fazer uma graça com o povo daqui.

São detalhes que só com a vivência, com o novo e com novas descobertas que vamos dando valor a coisas tão pequenas.

Beijos, beijos
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